Vacinação:

Interview: Dr. Pierre-Louis Deudon 

A revista Angela Piqui perguntou ao Serviço de Informação sobre vacinas da Região de Bruxelas (Communication Covid-19 – Commission Communautaire Commune) sobre a vacinação contra o COVID. Veja abaixo as respostas do Dr. Pierre-Louis Deudon,  médico da Direction Santé et Aide aux Personnes (Bruxelas).  

1. Por que a vacina é importante? 

A vacina protege quase 100% dos vacinados contra as formas mais severas de COVID. Reduz, igualmente, o risco de sequelas após o COVID (por exemplo, nos casos do chamado “COVID longo”). E a vacina reduz também a transmissão do vírus, o que faz dela uma arma adicional, muito importante na luta contra o vírus e no esforço de retornar a uma vida mais normal.  

2. Qual é a estratégia das autoridades sanitárias belgas para a vacinação de pessoas de origem estrangeira? O fato de ser estrangeiro é um obstáculo para quem quiser se vacinar? 

Todas as pessoas que residem na Bélgica, sejam elas belgas ou de origem estrangeira, inscritas no registro civil, são vacinadas por meio dos centros de vacinação da região em que vivem.  

As pessoas que têm uma estadia longa na Bélgica, com razão válida – como os diplomatas, transmigrantes, migrantes, etc. – estão igualmente incluídas na campanha de vacinação. O vírus não se limita a apenas uma comunidade.  

As pessoas que estão na Bélgica por períodos curtos (como turistas, etc.) não estão incluídas. 

3. Se eu sou estrangeiro, mas não tenho ainda documentos (“titre de séjour”) e não estou inscrito na Comuna, posso ainda assim ser vacinado? A quem devo me dirigir para ser vacinado com segurança?  

Sim, há várias possibilidades que se abrem para as pessoas que não têm um “titre de séjour”. Quem já tem um número BIS (NISS) pode inscrever-se para a vacinação por meio da plataforma BruVax assim como qualquer um da população em geral. Um número BIS (NISS) pode ser atribuído por um médico generalista, ou no momento de atribuição de um cartão “AMU” (“aide médicale urgente” – Nota dos editores) por um CPAS (“Centre Public d’Action Sociale”), ou ainda em um centro de vacinação, desde que a pessoa apresente um documento de identidade válido (independentemente da situação migratória e sem que isso envolva qualquer aviso às autoridades da área de migração).  

Quem não tem um número BIS poderá, em breve, obter junto a certas instituições (associações, comunidades, serviços públicos, etc.) um “pass” que garantirá um acesso anônimo a alguns centros de vacinação. Nesses casos, contudo, não será possível obter um comprovante nominal de vacinação para posterior utilização (por exemplo para viajar na UE).  

4. Existe risco de deportação para um estrangeiro sem documento que compareça a um centro de vacinação? Seu nome poderá ser transmitido à polícia ou ao Office des Étrangers? 

Não, nossos serviços têm por missão zelar pela prevenção e gestão do risco sanitário. Esse trabalho está baseado na confiança tanto por parte dos atores no terreno, como por parte dos diferentes públicos-alvo. Trair esse vínculo de confiança, já fragilizado e abalado pela pandemia, seria pôr em risco toda a vacinação. A garantia legal que podemos dar é que as pessoas que aplicam a vacina estão sujeitas ao segredo profissional que envolve todo ato de natureza médica.  

5. A vacina protege também contra todas as variantes do vírus (por exemplo, as da Índia, Brasil, Reino Unido)? 

O impacto sobre a transmissão e sobre os casos mais leves parece ser um pouco menor. Mas a proteção contra as formas severas, que são responsáveis pelas hospitalizações e mortes, é semelhante. E este é nosso objetivo principal: evitar as hospitalizações e as mortes.  

6. Poderia ser necessária uma terceira dose? 

Ainda não sabemos. É possível que as pessoas mais idosas ou os pacientes imunodeprimidos (em razão de um tratamento ou de uma enfermidade) tenham necessidade de uma terceira dose. Isso dependerá, também, das variantes. Mas se uma terceira dose se mostrar necessária, faremos o que for preciso para estarmos prontos para que ela esteja facilmente acessível.  

7. Se eu já fui vacinado, posso ainda assim transmitir o coronavírus a outras pessoas?  

A transmissão se reduz, mas não se elimina completamente. Portanto, a resposta é sim: pode ainda haver infecções provenientes de uma pessoa vacinada. A vacina não é uma arma absoluta. Ela faz parte do arsenal de que dispomos para combater o vírus. É importante continuar a pensar também nas outras medidas de prevenção. 

Para mais informações, acesse:  

www.info-coronavirus.be/ 
www.laatjevaccineren.be  www.covid.aviq.be/fr/vaccination    –  www.coronavirus.brussels/vaccination-menu/ 

AÇOUGUE COSTELA

Fácil acesso. 

à 5 minutos da Gare du Midi, em Saint-Gilles.

Espaço moderno de 130 m2.

Estacionamento privado com 8 lugares.

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