

Por Dr. Evandro de Azambuja
Outubro Rosa
Mês de conscientização do câncer de mama!
Outubro é o mês de conscientização para o câncer de mama em todo o mundo. Muitas atividades são programadas para conscientizar a população sobre os riscos e como devemos fazer para evitar ou diagnosticar essa doença numa fase precoce e com mais chances de cura.
Por que o câncer de mama é muito debatido? Atualmente, 1 a cada 8 mulheres irão desenvolver um câncer de mama durante o curso de suas vidas. O câncer de mama é a causa mais frequente de câncer e a segunda causa de mortalidade em mulheres.
Segundo a Organizaçao Mundial de Saude (OMS), a incidência estimada de câncer de mama será de aproximadamente 2.1 milhões de casos novos em 2018 no mundo todo.
Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
Idade: pacientes idosas têm mais risco de desenvolver a doença.
História familiar e genética: pacientes com história importante de câncer de mama na família têm mais risco. Também, pacientes portadoras de mutações genéticas do tipo BRCA1/2 ou PALB2, entre outras, apresentam um risco mais elevado. Entretanto, essas mutações só devem ser testadas em pacientes com alto risco de tê-las, ou seja, havendo antecedentes de alguns tipos específicos de câncer de mama, idade precoce ao diagnóstico e história familiar importante. Um aconselhamento genético pode ser recomendado.
Sobrepeso e Obesidade: pacientes em sobrepeso e obesas apresentam mais risco de desenvoler câncer de mama e outros tipos de neoplasias.
Idade da primeira gravidez: ter o primeiro filho após os 30 anos aumenta o risco de câncer de mama.
Aleitamento materno: o aleitamento diminiu o risco de câncer de mama.
Ciclo menstrual: apresentar o primeiro ciclo menstrual antes dos 12 anos ou menopausa tardia (55 anos) aumenta o risco do câncer de mama.
Uso de terapia de reposicão hormonal: desde 2002, estudos demonstraram uma relação entre o uso dos hormônios durante a menopausa e o risco de câncer de mama.
Bebidas alcoólicas: o consumo de 3 doses por semana aumenta em 15% o risco de desenvolver um câncer de mama comparado com mulheres que não bebem nada de álcool.
Quais os sinais e sintomas do câncer de mama?
Na maioria das vezes, o câncer de mama se manifesta como um nódulo, que pode ser percebido ao palpar a mama ou que pode ser detectado nos exames de rotina, como mamografia e/ou ultrassonografia das mamas.
Menos frequentemente, podem exister alguns sinais como retração do mamilo, secreção, aumento do volume da mama, dor, vermelhidão ou espessamento da pele da mama. Por vezes, pode(m) aparecer nódulo(s) aumentado(s) na axila.
Muitas vezes, os nódulos que aparecem nas mamas não são câncer, mas para saber isso, é muito importante investigar com o seu médico (médico de família ou ginecologista). Outros exames poderão ser necessários para confirmar se o nódulo é benigno (não-câncer) ou maligno (câncer). Isso só é possível com uma biópsia da lesão e de análises histológicas (no microscópio).
Quais são os tratamentos para o câncer de mama em 2018?
Quando o câncer de mama se encontra em estado precoce (sem metástases em outros orgãos, tais como fígado, pulmões ou ossos), o mesmo pode ser tratado e muitas pacientes ficarão curadas.
Os tratamentos disponíveis para o câncer de mama precoce são: cirurgia, quimioterapia, hormonoterapia, radioterapia e as terapias-alvo.
Cada tipo de tratamento deve ser decidido com o médico em função do tipo de câncer, da idade da paciente, da presença de outras doenças (co-morbidades), e sobretudo, das preferências da mesma. Com exceção da cirurgia, que é sempre feita, não existe um único tratamento universal para todos os tipos de câncer da mama, e a decisão deve ser tomada de maneira multidisciplinar (envolvendo diferentes especialidades) e deve ter por objetivo ser personalizada (individual para cada paciente).
Existe câncer de mama em homens? Sim, mas isso é muito raro e representa apenas 1% de todos os casos de câncer de mama.
Em caso de dúvidas, consulte seu médico de família ou o seu ginecologista.