Cuidados para evitar incêndios e outros riscos dentro de casa

Incêndios na Califórnia e em países da Europa alertam para mudança climática e aquecimento global

O balanço de mortos pelo incêndio que devastou o norte da Califórnia, EUA, e que está praticamente controlado, subiu para 87, segundo autoridades locais. Até o dia 25 de novembro, 249 pessoas continuavam desaparecidas no incêndio que teve início em 8 de novembro. Juntos, os incêndios chamados de “Camp Fire”, “Woolsey Fire” e “Hill Fire” queimaram cerca de 101 mil hectares. O incêndio entrou para a história como o mais mortal e destrutivo de que se tem registro na Califórnia. Também foi o incêndio florestal com mais mortes nos EUA desde 1918, segundo informações da imprensa local.

No ano passado, a Califórnia teve vários incêndios importantes, com muitas mortes e queima de milhares de hectares. A seca afeta esse estado do oeste dos Estados Unidos há cinco anos. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley, divulgado em janeiro, a seca deixou 100 milhões de árvores mortas no estado. Além disso, julho foi o mais quente jamais registrado na região. Os seis verões (de junho a agosto) mais quentes da história foram, nesta ordem: 2017, 2015, 2014, 2006, 2016 e 2013. Para os especialistas, não há dúvidas de que estamos vendo os efeitos do aumento das temperaturas devido à mudança climática.

No Atlântico, essa influência se traduz em furacões explosivos. No clima mediterrâneo da Califórnia, em incêndios. De acordo com ambientalistas, a mudança climática não causa os incêndios, mas aumenta as chances de que aconteçam e que sejam devastadores.

Relatório alerta para risco de caos

Um relatório chamado 4ª Avaliação Nacional do Clima, assinado por 13 agências governamentais norte-americanas, divulgado no dia 23 de novembro, aponta que as mudanças climáticas já estão impactando os Estados Unidos e reduzirão o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 10% até 2100, caso não sejam adotadas políticas para amenizar os efeitos das alterações climáticas.

O documento de 1.656 páginas mostra as consequências devastadoras do aumento das temperaturas globais na economia, na saúde humana e no meio ambiente.

O texto afirma que o clima da Terra está mudando agora mais rápido do que em qualquer ponto anterior da história moderna, e que ação humana é a responsável direta pela mudança.

“Os impactos já estão sendo sentidos nos Estados Unidos. Os sinais são tempestades mais poderosas, incêndios florestais mais severos, e aumento das inundações”, diz o documento.

O relatório afirma ainda que a gravidade do impacto da mudança climática também dependerá de como o país aborda as emissões de gases de efeito estufa e como se adapta ao aumento das temperaturas.

Desde antes da eleição em 2016, o presidente Donald Trump já havia se posicionado de forma contrária às políticas globais adotadas em conjunto para amenizar o impacto das mudanças climáticas. Em 2017, Trump retirou os Estados Unidos do Acordo Global sobre o Clima (acordo de Paris), provocando reação mundial.

Ameaça também na Europa

Em julho deste ano, dezenas de incêndios atingiram várias nações do norte europeu. A Grécia foi o país mais afetado, deixando um saldo de dezenas de mortos. No ano passado, uma onda de incêndios em Portugal deixou 117 mortos. A natureza reage aos desmandos dos seres humanos. É necessário e urgente que os governos discutam de fato o assunto e implementem medidas globais efetivas para enfrentar os efeitos drásticos da variação do clima e do aquecimento global. O mundo pede socorro. Já passou da hora de pensarmos nas futuras gerações.

 

Cuidados para evitar incêndios e outros riscos dentro de casa

Aproveitamos o alerta sobre incêndios para trazer orientações de cuidados que devem ser redobrados nesta época do ano, devido ao inverno. O uso de equipamentos como aquecedores, calefação, forno e lareira requer atenção. O ideal é chamar profissionais para fazer a manutenção destes aparelhos, de modo a evitar acidentes domésticos.

Veja as dicas do especialista:

 

AQUECIMENTO A GÁS x AQUECIMENTO ELÉTRICO

Quando o aquecimento não funciona bem, muitas pessoas compram aquecedor elétrico, o que sobrecarrega a rede de abastecimento. Alguns ainda fazem uso de T-extensão, adaptadores de tomadas – os famosos benjamins – e gambiarras, gerando sobrecarga, cenário propício a incêndios.

EXAUSTORES DE COZINHA

Outro elemento grave que pode iniciar um incêndio é a falta de limpeza dos filtros dos exautores da cozinha.

Por exemplo: uma panela de fritura é esquecida sobre o fogão, superaquecendo também a gordura acumulada no filtro. Essa gordura pega fogo e faz espalhar as chamas rapidamente.

MÁQUINAS DE SECAR ROUPAS

As máquinas de secar roupas que utilizam resistência acumulam plumas e, por isso, é preciso fazer limpeza dos filtros. Pelo menos uma vez por ano também é necessário fazer uma revisão no aparelho que, mesmo bem cuidado, acumula pequenas partículas no seu seu interior. Somente um profissional é capaz de abrir o equipamento e fazer a manutenção necessária.

AQUECEDORES ANTIGOS

Os equipamentos de aquecimento do tipo B, mais antigos, apresentam certo risco. É importante colocar um detector de monóxido de carbono para alertar sobre possíveis problemas.

SEGURANÇA EM CASA

Para aumentar a segurança na residência, é recomendável que as pessoas tenham um cuidado: testar pelo menos uma vez a cada dois anos o seu disjuntor diferencial residual. Essa medida é obrigatória, mas muitos não atentam para isso.

“Na maioria das vezes, o que favorece catástrofes como incêndios é a displicência com a manutenção das instalações e dos aparelhos de uso contínuo”, ressalta o eletricista Márcio de Castro Alves.

 

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