Comemorando a Independência do Brasil, cantora fala sobre sua garra e o resultado das suas conquistas
O que é que a baiana tem? Tem muita perseverança, dedicação e orgulho de ser brasileira? Tem!
Aline Lua nasceu em Salvador e canta desde os seus 14 anos de idade. A baiana fez diversas apresentações em trios elétricos no Carnaval da capital da Bahia e também do interior. Quando tinha 18 anos, ela recebeu um convite pra lá de especial: participar da companhia Brasil Tropical – localizada na Europa e com residência em Bruxelas.
Uma vez na Bélgica, a artista inscreveu-se em escolas privadas e fez um acordo com as instituições para que ela pudesse partir em turnê e estudar durante as viagens, pois, no Brasil, ela estava na porta da faculdade de Ortodontia. Ela cumpriu o trato direitinho! Passou em tudo!
Durante os nove anos que atuou na Brasil Tropical e viajou por mais de 50 países, Aline Lua estudou Relações Públicas e Línguas (francês, holandês, inglês e espanhol), além de fazer aulas de ballet e de jazz. Também participou dos musicais “Paris Paradise” (cantando em francês), “Terra Latina” (cantando em espanhol) e “A Passionata Irish” (cantando em inglês).
No território belga, a baiana foi cantora líder do latin big band “Los bandidos” e “Mucho Gusto”, ademais de cantora do DJ e produtor Buscemi & Squadra Bossa, com quem gravou três álbuns.
No ano de 2016, apresentou-se como convidada especial do programa de TV belga RTL e M6 France para atuar em “Un dîner presque parfait”. Lua levaria o prêmio, mas decidiu doá-lo para um jovem estudante belga. “Seria Brasil ou Bélgica. Fazê-lo ganhar foi minha forma de ser grata à nação belga da qual também faço parte. Eu era convidada especial e representar o Brasil já era uma bênção”, afirmou a cantora.
Em seguida, participou do programa de TV “De quoi je me mêle”, também da RTL (TV belga). “Fui convidada para outros reality shows, mas decidi não aceitar para não comprometer a minha carreira de cantora nem a minha vida privada. Às vezes, é sábio dizer ‘não’ se algo não nos convém”, disse.
Muito mais que cantora, Lua também é Event Manager e escreve, cria e produz espetáculos. Em 2007, ela começou sua carreira-solo com um perfil bastante voltado para concertos, representando a MPB, a bossa-nova e o brazilian jazz – estilos que diferem um pouco do perfil de apresentação em bares, isto é, a baiana não canta comercialmente.
Cada uma de suas conquistas honra seu grande coração verde-amarelo. “Quando comecei a minha carreira internacional, precisei fazer uma audição para o ‘Brasil Tropical’. Em 2010, fui convidada para o ‘The Best of Musical’, em Berlim, quando novamente participei de uma audição e passei com louvor! E era a única brasileira num casting de quase 100 pessoas”, vibrou a cantora.
A artista é, de fato, uma estrela. Foi convidada para, no próximo dia 19 de outubro, representar – nada mais, nada menos – que a marca BMW! A empresa vai lançar seu novo modelo de carro, em Bruxelas, e Aline Lua vai cantar brazilian jazz no evento. A música da campanha se chama “Évidemment”, um clássico francês de France Gall, composto por Michel Berger, que Lua regravou em bossa-nova. Um luxo só!
No último dia 25 de agosto, a cantora fez um showzaço com o BailAmor, no Grand Casino Brussels VIAGE – onde ela é diretora artística. “O nome do espetáculo tem origem no verbo bailar, em espanhol, misturado com a palavra amor, porque é preciso muito amor para se conseguir realizar tudo isso!”, comentou a artista.
Além de cantar, ela é produtora desse grande show que conta com 21 músicos, seis cantores, diversos bailarinos latinos e uma maestra cubana!
Mais de 40 pessoas foram empregadas graças a esse evento que apresenta músicas latinas e brasileiras, como também clássicos em versões originais como canções da Adele em ritmo de salsa e canções da Lady Gaga em espanhol. E para deixar tudo ainda mais incrível, DJs renomados da Tomorrowland animaram com um super after-party!
Atualmente, Lua trabalha no Brazilian Jazz, onde canta MPB e bossa-nova. O maior orgulho da baiana é poder representar a música brasileira. “Nossa música é muito rica. Temos arranjos belíssimos e músicos renomados”, destacou.
E, cá entre nós, errada ela não está!
Viva a música brasileira, viva o povo brasileiro!
Por Luiza Belotti